
Houve um jovem que, movido pelo amor à espiritualidade, encontrou sua morada no próprio medo. Não porque desejasse permanecer nele, mas porque entendeu que ali, entre sombras e desafios, estava a chave para sua superação.
Seu caminho não foi sobre conquistas ou paradas para admirar a paisagem, mas sobre a entrega – a verdadeira entrega. Soube, com o tempo, que amar não era apenas sentir, mas doar-se. E foi assim que ele ajudou, caminhou, ofereceu o que tinha e o que era.
Passou por muitos lugares, conheceu muitos rostos, e em cada passo, a terra se tornava lar, a espiritualidade, missão. Entre lágrimas e dores, fortaleceu o solo que pisava, entendendo que cada semente lançada, mesmo em meio às tempestades, um dia floresceria.
E assim, sem precisar segurar, aprendeu a deixar ir. Porque o verdadeiro sentido da entrega nunca esteve em possuir, mas em confiar que tudo que é dado com amor retorna, de alguma forma, ao infinito.
Pai Leo de Oxalá
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