Adeus, menino! Com cada lágrima que caiu, eu me despedi de você. Não foi fácil soltá-lo, mas era necessário. Suas mãos trêmulas, cheias de medos antigos, já não cabem no futuro que me espera. Eu te acolhi por tanto tempo, te protegi, mas agora é hora de dizer adeus. De deixar que você se dissolva no passado como um sonho que cumpriu seu papel.
E que prazer imenso dizer olá a esse novo ser que emerge de dentro de mim! Sinto o coração pulsar com uma força inédita, como se o mundo estivesse sendo reinventado diante dos meus olhos. Eu renasço com cada respiração, com cada passo firme que dou nesse chão que, agora, parece mais sólido. A pele que me cobre vibra de vida nova, carregando as marcas do que foi, mas brilhando com o que será.
Não há espaço para o receio, para a hesitação. Esse ser que nasce é forte, é inteiro, é pleno de vontade e de coragem! Ele conhece as feridas, mas também conhece a cura. Ele traz no peito a certeza de que o que foi vivido não se perde, apenas se transforma em energia para o que virá. O passado foi mestre, mas o futuro... ah, o futuro é um horizonte aberto que me chama com uma intensidade indescritível!
Sinto cada célula vibrar, como se o universo inteiro conspirasse nesse renascimento. Eu me lanço, de braços abertos, para o novo. Não há mais correntes que me prendam, não há mais dúvidas que me impeçam. O menino se foi, e em seu lugar floresce um ser que finalmente entende o seu próprio poder.
E, com esse poder, eu digo: muito prazer, mundo! Eu sou novo, sou renascido, e estou pronto para tudo!
Pai Léo Oxalá
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